o
tédio nunca chega ao fim.
sempre
fica um pouco de resquício
e
uma mágoa angustiante me rondando as lembranças
para
um amanhã de novos prantos e solidão.
assim
ela maltrata e pisoteia meus escritos
e,
joga-os fora.
quer
uma vida nova.
sonhos
novos,
porém
volta sempre ao passado
para
dizer que aquilo foi melhor que agora.
e
que assim não sabe mais se ficará comigo
ou
se irá embora.
tenho
de tomar uma posição
e
socar a mão na porta
e
dizer adeus para não mais voltar.
mas
me falta a famosa coragem,
o
impulso de seguir em outro caminho.
penso
que com ela é triste e sem ela é salvação.
não
mais chorarei.
não
serei menosprezado.
não
serei escravo de mim.
mas
um andarilho só.
na
imaginação do quão foi tedioso a convivência
com ela.
bela
e banguela ao sorrir.
rirei
sozinho e com um pouco de felicidade.
já
que ela se foi.
cortei
os cabelos.
raspei
a barba.
mudei
de roupas para não ser reconhecido.
mas
a droga das lembranças
me
deixam um fio de tristeza
e
uma solidão sem noção.
agora sozinho consigo escrever
e
chorar sem que alguém interrompa meu romance
que
só vive no papel.
(Clemilton Carvalho - cec)
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