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segunda-feira, 30 de abril de 2012

NOITE ASSOMBROSA


A noite assombrosa
faz o medo aparecer
e aterrorizar as mentes

É uma aflição imensa
há uma angústia e tanto
é um poder impotente
sem opções para calmaria

Não há pensamento bom
que resista
não há esperança
que persista

O vento urge
dá um calafrio.

Ai que medo!
Cadê a porta?

A luz que não acende
e essa tempestade
que ruge nas árvores
faz gemer o assoalho

Ai... tenha dó de mim
aqui eu tão só
coração acelera
um medo me aflora
e devora minha alma

Ai um relâmpago – um trovão
e essa escuridão
todos se foram...
estou sozinho e aflito
com o coração na mão

Grito de medo
grito sem noção
meu corpo geme
e eu me apavoro

Falta-me ar
meu corpo emudece
e o dia que não vem
ai trovões - e relâmpagos
ai passos e vulcões
e ninguém me atende

Árvores balançando
em mim – tristeza e solidão
e meu coração na mão
nunca vi tanta pressão
tanto medo e desolação

Não há como me acalmar
vou me esconder
mas me esconder de quê?

Voltou o tempo a ranger
as árvores continuam a balançar
numa dança de aflição
e grande assombração

Vejo vultos e me espanto
não há feições
não sei quem são

Apareça! Pare de brincadeira
não bata mais na porta
não assovie.

Chega!

Estou fora de mim
valsando meu coração
nesta noite misteriosa
onde tudo acontece
e me apavora.
Ai medo!

E o dia que não vem?

Batem na porta
pela fresta da janela
não vejo ninguém

O gato corre
agitado e espantado
vem um som cortante
tão estridente.

Ai! Meu Senhor!

Essa noite que não termina
ai meu Deus o que será de mim
esta noite não tem fim

Uma ventania
coisas caindo
um suspense no ar.

O que será de mim?

Aqui sem ninguém
tudo me apavora
e me sufoca.

Vou morrer!

Meu coração não aguenta
tanto medo e susto.

Ai! Estou tremendo
assim vou desmaiar.

Quem bate à porta?
que não responde
não abrirei se não falar

Pode estar em perigo
que não vou socorrer
quero mais é me proteger.

Só não sei do quê?

Mas, não sei me esconder
dessa sombra que me acompanha
e o tempo que não descansa

Sol, cadê você?

Saia... clareia
amanheça
quero viver
e mandar esse medo
para bem longe.

Ai! A porta abriu. Quem é você?


(Clemilton Carvalho - cec)


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