Não tem mais
nada não.
São os poucos
companheiros
com quem me
correspondo.
Antes era uma festança
só.
Onde estão?
Cadê?
Aqueles que diziam ser
amigos
para todas as horas?
Cadê?
Todos foram embora.
Em busca de novos
companheiros
e, viver com outros
ideais
com projetos pessoais
para o futuro.
Cadê aquelas
promessas?
Aqueles desejos de
guerreiros?
Os sonhos de vida
unida. Cadê?
Se foram. Cadê?
Os brejos e os
encantos.
Sonhos de vida
alternativa. Cadê?
Tudo ficou descrente.
Os que eram só
alegrias. Desapareceram.
Ficou só
tristeza neste terreiro.
As flores e mundo novo.
Cadê?
Até as mocinhas
que nos encantaram
Desapareceram. Sumiram.
Cadê?
Em busca de novo sonho
os vaqueiros-meninos
tornaram-se homens-pedreiros
e foram para São
Paulo construir edifícios.
E, não conseguem
voltar. Por quê?
Cheios de saudades.
Arranjaram mulheres.
E agora elas vivem
grávidas. Já tem um tanto de filhos.
Não conseguem
voltar. Eita vida injusta. Por quê?
Eu também parti.
Cai no mundo. Por quê?
Desapareci neste mundo
de meu Deus.
Para os confins do Sul
do Brasil.
Em busca não sei
de quê. Um vazio no meu peito ficou.
E, sempre faço
promessas:
- Se Deus me ajudar
para o ano novo vou voltar.
Mas, a fraca condição
me impede.
Nunca dá. E,
fico mais um ano.
Com grande aflição em meu coração.
Planejando que no ano que vem.
Que Deus me ajude a voltar pro meu sertão.
Meu encanto, minha vida de cidadão feliz.
Choro com saudade das brincadeiras nas beiras do rio.
(Clemilton Carvalho - cec)
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